segunda-feira, 21 de junho de 2010



JESUS, DE PURO AMOR...




Já nasceste como Deus,
Sacrossanto Pequenino,
Trazendo a fraternidade,
Astro de pura bondade,
Um Ser de luz...
Deus-menino!

Foram Teus ensinamentos,
Quando Homem peregrino,
Mostras do Amor em essência,
Porta-voz da Providência,
Lume de nosso destino

Hoje, em horas incertas
Na alegria ou desatino
Eu Te encontro em minhas preces
Pois sei que nunca me esqueces
Jesus, meu Mestre Divino!

És o raio da esperança,
És consolo dos aflitos,
A estrela da manhã
À noite estás comigo
Nos meus sonhos mais bonitos
E me alimento em Teu Amor
Da aurora ao pôr-do-sol

Diante de Ti, Senhor,
O meu coração inflama,
És alegria e bonança,
Sublime e divinal...
Ao servir-me do Amor
Que Tua presença emana,
Eu me sinto imergir
Numa paz celestial!
Ozira Martins

by Martinha

sábado, 5 de junho de 2010

DESENCANTO

Também, Senhor, um dia, de alma ansiosa,
Num sonho todo amor, carícia e graça,
Quis encontrar a imagem cor-de-rosa
Da ventura que canta, sonha e passa.

E perquiri a estrada erma e escabrosa,
Perenemente sob a rude ameaça
Da amargura sem termos, angustiosa,
Entre os frios do pranto e da desgraça,

Até que um dia a dor, violentamente,
Fez nascer no meu cérebro demente
Os anelos de morte, cinza e nada.

E no inferno simbólico do Dante,
Vim reencontrar a lagrima triunfante,
Palpitando em minh’alma estraçalhada.

Hermes Fontes
psicografia de
( Chico Xavier )

Os mortos verdadeiros

Vós que guardais dos mortos a lembrança,
Sois também, nos espaços, recordados,
Nos eternos caminhos aureolados,
Pelos clarões da Bem-aventurança!
No país da Verdade e da Bonança,
Nós ouvimos as súplicas e os brados
De pobres corações despedaçados,
No cadinho da mágoa ou da esperança.
Das vibrações ignotas das esferas
Nós que fomos os homens de outras eras,
queremos mitigar a vossa dor!...
Sois os mortos nos círculos da Vida,
Nos sepulcros de carne apodrecida,
Desejosos de paz, de luz e amor!..

João de Deus (Soneto psicografado em 1937)
Chico Xavier

Presença de Luz -Chico Xavier

Se puseres amor no tempo que Deus te reserva, nunca te sentirás sob o domínio do tédio ou do desânimo porque
as tuas horas se converterão em prazer de servir.
Se colocares amor nas afeições que o Senhor te permite cultivar, nunca sofrerás ingratidão ou desengano porque transformarás o próprio espírito em vaso de abnegação
e de entendimento, colhendo de ti mesmo a felicidade
de fazer a felicidade dos entes queridos.
Se cultivares amor na execução do dever que a Divina Providência te atribui, nunca experimentarás cansaço
ou desalento porque o trabalho se te fará fonte de alegria
na alegria de ser útil.
Se aplicares amor nos recursos verbais que a sabedoria eterna te confere, nunca te complicarás em manifestações infelizes porque a tua palavra se transubstanciará em clarão e benção, naquilo em que te expresses.
Se espalhares amor num lugar em que as leis da vida
te situam, nunca te observarás na condição de vítima
do desequilíbrio porque a tua influência se tornará serenidade e esperança, garantindo a harmonia e a tranqüilidade onde estejas.
Ah! Se conservares o amor no coração, obra divina do universo, nunca te perderás na sombra, porque terás convertido a própria alma em presença de luz.

terça-feira, 1 de junho de 2010

PRINCÍPIOS ESPÍRITAS

O Espiritismo ensina, sustenta e comprova que Deus existe e "é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas".
Deus, espírito e matéria são os elementos gerais do Universo.
A natureza íntima do Criador é, ainda, para nós, nos atuais estágios evolutivos, inacessível à nossa compreensão. Sabemos, apenas, que sobrepaira sobre tudo que existe em toda parte e que Suas leis são soberanas, muitas delas desconhecidas da Humanidade terrena.
Outro componente da trintade universal é o espírito, do qual também pouco sabemos. Comanda os pensamentos e ações do ser humano quando individualizado, por meio de sua vontade e livre-arbítrio, dirigindo os fluidos provindos do fluido universal de onde promanam todas as coisas.
O terceiro elemento universal é a matéria, mais ou menos densa, da qual faz parte nosso corpo físico, morada provisória da alma imortal.
A Ciência, nos rumos da evolução, desbrava o desconhecido e muitas noções são alcançadas para auxiliar a alma na caminhada para sua destinação: a perfeição.
O Espírito, a fim de que possa atuar sobre a matéria mais grosseira, se serve de outra menos densa, a fluídica, a qual, no que se refere ao ser humano, recebeu na Codificação Kardequiana a denominação de "perispírito", ligado ao corpo físico molécula a molécula por ocasião da concepçãono ventre materno, no majestoso processo divino da formação da vida, exclusivamente originária da Suprema Sabedoria.
Procede da Doutrina Espírita a lição de que o Espírito, também denominado alma, é criado "simples e ignorante", mas as suas origens se perdem nas noites do passado distante. "É o ser inteligente da criação"... "Uma chama, um clarão, uma centelha".
O princípio inteligente existente no Universo é inegável. O Espírito é a "individualização" desse princípio conforme esclarece a Doutrina, mas a sua criação pertence aos domínios de Deus e está fora dos limites da nossa atual compreensão, podendo-se, apenas, formular teorias para explicá-la. A que parece estar mais concorde com a razão é a que expõe que o princípio inteligente inicia sua jornada nos reinos inferiores da Natureza, progredindo até atingir o reino humano, quando se individualiza e adquire o livre-arbítrio.
A própria Doutrina Espírita enfatiza que há certos mistérios ainda inacessíveis à nossa precária compreensão. A natureza íntima do Criador, as origens da matéria e do Espírito, o infinito do Universo, são exemplos típicos. As vaidades, muitas vezes, se insurgem contra tal realidade e buscam criar sistemas individuais, sem, contudo, contarem com a aprovação dos Espíritos encarregados da Terceira Revelação. Impõe-se, pois, a separação das opiniões pessoais das verdades já reveladas a fim de se manter resguardada a responsabilidade doutrinária, a pureza e autenticidade do que por ora nos é concedido entender.
O Espiritismo não consagra ou sanciona milagres, nem mesmo certos mistérios.Os primeiros ele os explicita à luz de leis naturais, e os segundos, os mistérios, situa-os fora do alcance da nossa atual compreensão. Incumbe, pois a nós, ainda não capacitados a poder entendê-los, admitir que pertencem aos domínios divinos. Somente a compreensão aprimorada irá explicá-los. Há necessidade de aceitar isso com humildade, o que também é de difícil conquista, dada a arrogância humana.
Observando-se os reinos inferiores da Natureza, percebem-se certas aproximações de caracteres entre eles e o humano. Até mesmo o mineral não foge a certa similitude. No vegetal ela se acentua. Há plantas benfazejas, inúteis, úteis e até nocivas e venenosas, como as criaturas humanas. Há as que sugam as energias das outras exatamente como constatamos em processos obsessivos. Há espécies dotadas de sensibilidade evidentes e zoófitos que despertam atenção.Árvores que produzem bons frutos e outra frutos ruins. As que nada oferecem a não ser seu lenho e sua função. Vegetais que alimentam a vida e ervas daninhas que atrapalham e incomodam, inúteis, portanto, tais como as pessoas desviadas dos caminhos do bem e dedicadas à à destruição e à perversidade.
Os animais inferiores, do mesmo modo, mantêm a acentuada evidência de que há um princípio conducente a Deus em tudo que existe. Alguns de instintos mais aperfeiçoados do que outros e até denotando certo grau de inteligência. São eles os prestimosos auxiliares do homem. Na Natureza tudo se encadeia.
O Espiritismo tem por fundamento a existência de Deus, dos Espíritos e das Leis Naturais que regulam a vida e tudo que existe no Universo. É, portanto, doutrina natural. À medida que outras leis ainda desconhecidas são desvendadas, ampliam-se, conseqüentemente, as fontes benfeitoras sobre nossas vidas. Em verdade não existe ninguém rigorosamente materialista porque no imo de cada ser humano há uma centelha provinda do Criador que jamais se apaga, a alma. Entretanto, é inegável que facções da Humanidade se fixam na convicção enganosa que nada há além da matéria; todavia, mesmo esta se conserva às vezes fora do alcance de suas concepções, pois existe em outros estados que escapam aos limitados sentidos humanos, já devidamente confirmados pela Ciência tradicional.
Todos estamos subordinados ao axioma da existência. A Doutrina Espírita parte dessa realidade. Estacionar aí não satisfaz à natureza humana dotada de racionalidade, de inteligência, de vontade, de livre arbítrio. Esses e outros atributos fazem-na progredir, aperfeiçoar-se. Esta e a lei natural que rege a todos, ateus ou não, e a tudo que existe, queiramos ou não. Tais princípios são incontestáveis.
A grandiosidade dessa Doutrina é incomensurável. Encaminha as pessoas esclarecendo-as. Respeita o livre arbítrio de cada uma mostrando-lhe, com antecedência, as conseqüências de seus procedimentos em face das leis que governam o Universo. Jamais se fixa em discussões vazias e estéreis. Clareia a via comum a todos e aguarda os retardatários, sejam eles niilistas, espíritas, católicos, protestantes ou de que seita ou religião forem. É a Religião que visa a reunir todas as criaturas em torno do Criador e da Verdade.
Há quem se apraz em atar-se a vaidades, em fazer com que prevaleçam seus entendimentos, em perder tempo com sofismas e sortilégios, em desarmonizar com discussões descabidas e inócuas, em lutas inglórias, opondo-se a seus próprios interesses de evolução. Tudo isso faz parte da vida. Tudo, enfim, está sob controle da soberana, augusta e insofreável vontade de Deus e da Sua Misericordiosa Justiça.

Texto extraído da Revista "Reformador", Maio 1999.

AFINIDADE E HERANÇA

Indubitavelmente, em matéria de filhos, no Plano Físico, a lei das afinidades quase pode ser considerada por fator determinante da chamada hereditariedade psicológica.

Isto é simples e compreensível se raciocinarmos, quanto ao imperativo da preparação em quaisquer empreendimentos humanos que visem a determinados fins.

A produção em massa na agricultura exige providências específicas do lavrador.

O edifício, destinado a servir com segurança, reclama na formação e na estrutura a orientação da engenharia.

Preparo é um requisito importante nas escolhas do amor, quando o amor se alteia de nível e procura aperfeiçoar-se para a Vida Superior.

Compreendamos que a vida dos companheiros encarnados se conjuga com a vida dos companheiros desencarnados que lhes são afins.

A dipsomania, por exemplo, é um hábito que muito raramente se observa numa pessoa que se embriaga a sós.

Geralmente, a criatura se alcooliza em companhia de irmãos desencarnados que, embora desenfaixados da experiência física, ainda não encontraram energia para se desvencilharem dessa prática.

Quando isso ocorre, é justo considerar que por muito se esforcem os Instrutores Espirituais, encarregados de cooperar na execução de certo plano de reencarnações para determinado grupo familiar, nem sempre conseguem evitar a intromissão de um ou mais de um dos alcoólatras desencarnados, porquanto se ajustam eles de tal modo às forças genésicas de um dos parceiros do compromisso sexual que acabam na condição de filhos deles, revelando, mais tarde, as mesmas tendências compulsivas.

Isso, porém, não sucede à revelia da Justiça da Vida, na Espiritualidade Superior.

O filho ou os filhos dipsômanos mostrarão ao pai ou à genitora que cultivem o excesso de alcoólicos a inconveniência de semelhante costume.

Desse modo, o elemento considerado em clandestinidade deixará a posição de invasor para ser utilizado na condição de agente regenerativo.

O mesmo acontece com a cleptomania, com a promiscuidade sexual e outros hábitos que dificultam a elevação do espírito.

Sabemos que os semelhantes se atraem. Por outro lado, não desconhecemos que a reencarnação nos é concedida na face do Planeta por recurso de auto-educação, burilamento, evolução e melhoria em nós mesmos.

Fácil, assim, reconhecer que as alterações infelizes nos projetos de sublimação e progresso, a que nos cabe atender, correm claramente por nossa conta.

TEXTO RETIRADO DO SITE:www.caminhodeluz.com.br